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Caravela da Boa Esperança, um marco das caravelas portuguesas – Caravela da Boa Esperança, a landmark of Portuguese caravels

water next to the ocean

Caravela da Boa Esperança, a landmark of Portuguese caravels

History

Caravel, a word which according to some authors seems to have its origins in Ancient Greek – cáravo or cárabo (κάραβος), a designation that characterises a certain type of light boat used in the Mediterranean in classical antiquity, which may have arrived in Portugal via the Low Latin carăbu, meaning canoe.
Other authors say that this word has Arabic origins – carib or qârib, which refers to a medium-sized vessel with triangular sails (Latin velame – or set of sails of a vessel).
The word caravel was first documented by the Portuguese in 1255 and has been used to describe various types of different vessels over time.
During the 15th and 16th century, the caravel was a fast vessel that was easily manoeuvrable, able to bolinar (sail in a zigzag pattern against the wind), due to its triangular sails (Latin sails) and which could be powered by oars, about 25m long, 7m wide and 3m draught, with a single deck and a raised stern, it had 2 or 3 masts and was capable of displacing 50 tonnes, holding just over 20 crew members.

a close up of a flag a large ship in the water

In the discoveries Gil Eanes used a boat with round sails, while Bartolomeu Dias in 1488 sailed in a caravel, like a carraca, which was a ship with round sails and a high edge that had 3 masts, it was with this vessel that he doubled the Cape of Storms, later the Cape of Good Hope, thus enabling the discovery of new territories, increasing the overseas empire, which is still present today in the culture of Angola, Brazil, Goa, Guinea-Bissau, Macau, Malacca, Mozambique, São Tomé and Príncipe and East Timor.

a close up of a boat

Caravela Bartolomeu dias

Caravel Boa Esperança

This is an approximate replica of a two-masted caravel that explored the Atlantic Ocean and African coasts during the 15th century as part of the Portuguese Discoveries. It was built in wood using techniques that respected the procedures of four-century shipbuilding, although some alterations were made to ensure the comfort and safety of the vessel. Its sails bear the symbol of the Cross of Christ, which symbolises the Order of Christ, and its main mast bears the arms of Prince Henry the Navigator, the king who ruled at the time of the Discoveries.

Inauguration and early years

The caravel was commissioned by the Portuguese Sailing Training Association and was the second caravel to be built on the Association’s initiative. The first was a caravel named Bartolomeu Dias, which is in the Bartolomeu Dias Museum Complex, and the third was a caravel named Vera Cruz.
Boa esperança was launched on 2 April 1990 in the port of Vila do Conde, from where it set sail for Bruges, Belgium, marking the anniversary of the founding of the Portuguese trading post in that city in the 15th century.

The crew of the Boa Esperança was made up of volunteers from the Portuguese Sailing Training Association, and during her career she was present in various ports in Portugal, Northern Europe, the Mediterranean Sea and North America. She also took part in important regattas and was used as a backdrop in documentaries and films, such as ‘The Sword and the Rose’ (2010), and was also present several times at the International Meeting of Traditional Sailing Vessels in France, Since 1990, she has been part of the ‘School Visits’ initiative set up by the Portuguese Sailing Training Association. In 1992, she took part in the International Exhibition ‘Ship and the Sea’ by Christopher Columbus in Genoa, which commemorated the 500th anniversary of the discovery of America; in 1996, she took part in the Brest Maritime Festival; two years later, she took part in the Lisbon World Exhibition; in 1999, Boa Esperava docked at Terreiro do Trigo Docks, next to Santa Apolónia Railway Station in Lisbon. In March 2000, she took part in the official commemorations of the 5th Centenary of Pedro Alvares Cabral’s arrival in Brazil, where she was part of a fleet of Portuguese sailing ships travelling from Lisbon to Santa Cruz Cabrália in Brazil.

But in 2000, the Boa Esperança was acquired by the Algarve Tourism Board and became a museum ship about the old caravels, promoting the Algarve and explaining the region’s history.

When it was acquired by the Algarve Tourism Board, it was considered one of the main elements for Sagres’ application to become a UNESCO World Heritage Site, with the aim of placing the region “on the route of cultural itineraries linked to Sagres, a World Heritage Site” – said Paulo Neves, president of the Algarve Tourism Board, although the application never came to fruition.

Boa Esperança continued to provide its services, but it was hoped that it would be integrated into the Algarve’s tourist routes, but this did not happen. Its performance was slowed down by the need for maintenance, but in 2021, a partnership was created between the Algarve Tourism Region, the Lagos Municipality and other international partners and with the support of Docapesca, in order to recover and valorise the vessel with the aim of reintegrating it into the region’s cultural heritage and promoting the Algarve as a tourist destination.
In this sense, the Boa Esperança caravel was transformed into the Boa Esperança Caravel Interpretive Centre, residing on the Ribeira de Benafim pier in Lagos, inviting you to an immersive experience of the Portuguese discoveries, and its inauguration was on 21 March 2023.

a large ship in a body of water a large ship in a body of water a boat is docked next to a body of water diagram, engineering drawing

PT

Caravela da Boa Esperança, um marco das caravelas portuguesas

História

Caravela, vocábulo, que segundo alguns autores, parece ter origem no grego antigo – cáravo ou cárabo (κάραβος), designação que caracteriza um certo tipo de barco ligeiro usado no mediterraneo na antiguidade clássica, que terá chegado a Portugal através do baixo latim carăbu, que significa canoa.

Outros autores dizem que este vocábulo terá origem árabe – carib ou qârib, que reporta a uma embarcação de médio porte com velas triangulares (velame latino – ou conjunto de velas de uma embarcação).

O vocábulo caravela , foi referenciada documentalmente pelos portugueses no ano de 1255, e que terá sido usado para determinar vários tipos de diferentes embarcações ao longo do tempo.

Durante o século XV e XVI a caravela era uma embarcação rápida que se manobrava facilmente, capaz de bolinar (navegar em ziguezague contra o vento), devido às suas velas triangulares (velas latinas) e que podia ser movida a remos, com cerca de 25m de comprimento, 7m de largura e 3m de calado, com um único convés e uma popa sobrelevada, tinha 2 ou 3 mastros e era capaz de desloca 50 toneladas, comportava pouco mais de 20 tripulantes.

a large ship in the water a close up of a flag

Nos descobrimentos Gil Eanes usou um barco de velas redondas, já Bartolomeu Dias em 1488 navegou numa caravela, tipo carraca, que era um navio de velas redondas e de borda alta que possuía 3 mastros, foi com essa embarcação que dobrou o cabo das Tormentas, posteriormente o Cabo da Boa Esperança, permitindo assim a descoberta de novos territórios, aumentando o império ultramarino, que ainda hoje está presente na cultura de Angola, Brasil, Goa, Guiné-Bissau, Macau, Malaca, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

 

Caravela Boa Esperança

É uma réplica aproximada de uma caravela de dois mastros que fez a exploração do Oceano Atlântico e das costas africanas durante o século XV como parte dos Descobrimentos Portugueses. Foi construida em madeira utilizando técnicas que respeitavam os trâmites da construção naval quatrocentista, embora se tenha visado algumas alteração com o propósito de patrocinar conforto e segurança da embarcação, as suas velas ostentam o símbolo da Cruz de Cristo, que simboliza a Ordem de Cristo, no seu mastro principal situam-se as armas do Infante D. Henrique, rei que governava na altura dos descobrimentos, originalmente esta barca estava sedeada em Castro Marim no Algarve.

Inauguração e primeiros anos

A caravela foi encomendada pela Associação Portuguesa de Treino de Vela, fi«oi a 2ª caravela a ser construida por iniciativa da Associação, tendo a 1ª sido uma caravela com o nome de Bartolomeu Dias, que está no Bartolomeu dias Museum Complexo, e a 3ª a caravela com o nome de Vera Cruz.

Boa esperança foi lançada à água a 2 de Abril de 1990, no porto de Vila do Conde, donde partiu para Bruges, na Bélgica marcando a sua presença no aniversário da fundação da feitoria portuguesa naquela cidade no século XV.

A caravela tinha como funções a participação em eventos náuticos e provas, que iriam permitir a investigação sobre as caravelas antigas e iria servir para treino de mar e vela.

A tripulação da Boa Esperança era constituída por voluntários da Associação Portuguesa de Treino de Vela, e na sua carreira esteve presente em vário portos de Portugal, Norte da Europa, Mar Mediterrâneo e América do Norte, também participou em regatas importantes e foi utilizada como cenário em documentários e filmes, como por exemplo “A Espada e a Rosa” (2010), também esteve presente por diversas vezes no Encontro Internacional de Embarcações Tradicionais de Vela, em França, Desde 1990 fez parate da Iniciativa, criada Pela Associação Portuguesa de Treino de Vela, “Visitas Escolares”, 1992 esteve em Génova, na Exposição Internacional “Navio e o Mar” de Cristóvão Colombo, alusivo aos 500 anos da descoberta da América, participou no festival marítimo de Brest em 1996, dois anos depois esteve presente na Exposição Mundial de Lisboa, em 1999 Boa Esperava atracava na Doca do Terreiro do Trigo, junto da Estação Ferroviária de Santa Apolónia, em Lisboa. Em Março de 2000, participou nas comemorações oficiais do V Centenário da Chegada de Pedro Alvares Cabral ao Brasil, onde integrou uma frota de veleiros portugueses fazendo a viagem de Lisboa a Santa Cruz Cabrália, no Brasil.

Mas em 2000, Boa Esperança, foi adquirida pela Região de Turismo do Algarve, passou a funcionar como navio-museu sobre as antigas caravelas promovendo ao mesmo tempo o Algarve e explicando também a história da região.

Quando adquirida pela Região de Turismo do Algarve foi considerada um dos principais elementos para a candidatura de Sagres a Património do Humanidade da UNESCO, com o objetivo de inserir a região “na rota dos itinerários culturais, ligados a Sagres, património da Humanidade” – disse Paulo Neves, presidente do Turismo do Algarve, porem a candidatura não chegou a ser realizada.

Boa Esperança, continuou a prestar os seus serviços, mas esperava-se que integrasse nos roteiros turísticos do Algarve, mas não aconteceu. Sua prestação foi abrandando com a necessidade de manutenção, mas em 2021, criou-se uma parceria entre a Região de Turismo do Algarve, a Autarquia de Lagos e outros parceiros Internacionais e com o apoio da Docapesca, a fim de de recuperar e valorizar a embarcação com o objetivo de a reintegrar no património cultural da região e promover o Algarve como destino turístico.

Neste sentido a caravela Boa Esperança foi transformada no Centro Interpretativo da Caravela Boa Esperança, residindo no Cais da Ribeira de Benafim, em Lagos, convidando a uma experiência imersiva nos descobrimentos Portugueses, e sua inauguração foi no dia 21 de março de 2023.